Nostalgia

       Visitar meu avô num sábado à tarde. Fazia isso quando era criança. Revivi isso agora. Começamos a conversar como adultos que somos. Fazia tempo que não o via e  não ouvia suas novas histórias de sempre! Só começamos a conversar como adultos, porque depois vi em seus olhos o mesmo olhar que me via criança, olhar doce e carinhoso de avô coruja.
    Depois que o tempo passa, a gente nota o quanto ele realmente foge de nós!
Família reunida, conversa animada com os primos e as primas, voltei a ser adolescente- prima mais velha tem que se enturmar com os primos mais novos!!!
      Meu avô só enxergava crianças, mandou comprar guloseimas para comermos, fez todas as nossas vontades. Lembrei-me de quando eu realmente era uma criança a brincar pela casa dele, as lembranças pareciam ter se tornados reais; voltar no tempo fez-se possível nesse instante!
   Hora de ver e rever as fotografias da família, conhecer familiares distantes, rir das poses desajeitadas, ver os adultos de hoje voltarem a ser crianças.
         Descobri que o passado é uma mistura de lembranças confusas, alegres, tristes, profundas...
        Entendi que o passado nem sempre é um monstro terrível. Rever e reviver meu passado ajudou-me a perceber que mágoas não  devem ser estocadas; que o perdão é um verdadeiro remédio para nossas almas, que ele nos faz livres!
     Compreendi que perfeição não é a ausência de erros, mas a capacidade que nós temos de viver intensamente nossos instantes e de eternizá-los. Perfeição é sinônimo de amor, amor é sinônimo de perdão, e perdão é liberdade!!





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2 Comments
  • Vanise  Rezende
    Vanise Rezende 19 de outubro de 2013 às 21:24

    Gostei de sua crônica sobre Nostalgia. Você, ainda tão jovem, escreve que "mágoas não devem ser estocadas"... e descobre que o perdão "nos faz livres", "é liberdade!". Fala de seu avô com admiração e sensibilidade. Queria dizer que a sua sensibilidade é um dom muito raro, uma dimensão humana bem pouco exercitada por muitas pessoas que conhecemos. Pensei, então, em sugerir que você continue a escrever sobre as experiências felizes e às vezes também tristes da vida, por mais simples que sejam. A sensibilidade propicia um olhar diferente sobre os momentos da nossa vida e a escrita os expõe à reflexão. Fluem, assim, novas compreensões que podem tornar-se novas para o outro... e o "novo" flui como um um dom gratuito escondido no mistério da experiência humana. Parabéns pelo seu blog!

    • eulidiane morais
      eulidiane morais 19 de outubro de 2013 às 22:30

      Muito obrigada Vanise Resende! Seu comentário deixou-me muito lisonjeada e incentivou-me a continuar escrevendo! Espero que você possa ler meus outros textos do blog!! Abraços!!

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